Da pedra natural à arte, por José Bechara

Da pedra natural à arte, por José Bechara

A exposição

A mostra “Para nadar é preciso vencer o mar”, do renomado artista brasileiro José Bechara, está em cartaz no Centro Interpretativo da Aldeia de Reis Magos, em Nova Almeida. Desde a inauguração, em 14 de agosto de 2025, a exposição já se firmou como um marco cultural no Espírito Santo. Além disso, reúne arte, história e beleza em um só espaço.

Da pedra natural à arte, por José Bechara
Da pedra natural à arte, por José Bechara
Da pedra natural à arte, por José Bechara

Tivemos o privilégio de participar desse momento oferecendo blocos de pedra natural que deram origem à escultura “Falta”, uma das peças centrais da mostra.

Da pedra natural à arte, por José Bechara
Da pedra natural à arte, por José Bechara
Da pedra natural à arte, por José Bechara

A escultura “Falta”

Criada a partir de blocos de mármore fornecidos pela Zucchi, “Falta” transforma a pedra natural em arte monumental. Suas veias únicas e sua superfície bruta não são apenas suporte: tornam-se essência da obra, carregando força, atemporalidade e singularidade.

Assim, a matéria deixa de ser fundo para se tornar protagonista.

Da pedra natural à arte, por José Bechara

Nas palavras do próprio José Bechara:

“A obra se situa numa paisagem que tem uma forma orgânica, contra outra paisagem belíssima que é a fachada do museu. Embora seja geometria, ela também guarda imperfeições, porque são blocos brutos. É assim que eu quero situar meu trabalho geométrico: entre a perfeição da linha e a vida, tal como ela é, imperfeita e desafiadora.”

Veja a galeria:

Por essa razão, a visão do artista conversa diretamente com a essência da Zucchi: revelar a beleza da pedra natural em sua autenticidade, valorizando tanto a precisão da geometria quanto as marcas únicas deixadas pela natureza.

Transformação, diálogo e legado

Em primeiro lugar, a crítica especializada já destacou como a obra de Bechara cria tensões entre o efêmero e o eterno. Além disso, aponta também para o contraste entre o geométrico e o orgânico. No mármore, esse conceito ganha corpo e se intensifica.

A princípio, pode parecer apenas contraste. No entanto, logo se revela como diálogo.

Na sequência, instalada diante do antigo mosteiro jesuíta do século XVI, hoje patrimônio cultural capixaba, a escultura reforça esse encontro entre passado e presente. Ao mesmo tempo, evidencia a força da matéria e a permanência da memória.

Ainda assim, mais do que oposição, há encontro. Pedra e paisagem. História e criação.

Em suma, é isso que nos inspira: transformar a natureza em legado, inovação e inspiração.

Inspire-se

Logo depois do processo de extração e transporte, cada etapa de posicionamento da escultura foi registrada em vídeo. O material mostra de perto a visão artística de José Bechara e a força da pedra natural em diferentes expressões.

Por isso, convido você a assistir ao vídeo e se deixar inspirar por essa transformação da pedra em arte.

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